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terça-feira, 21 de abril de 2015


VALE A PENA PARAR ALGUNS MINUTOS PARA VER ESTE VIDEO E REFLETIR


https://www.youtube.com/watch?v=ipe6CMvW0Dg

Está na hora de sair do automático e perceber para quem estamos vivendo?  Poderíamos viver de forma mais simples e natural? Pare. Pense.


segunda-feira, 8 de julho de 2013

Os poemas




Os poemas 


Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam vôo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem.
E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti...

- Mario Quintana

Imagem: En Abril, libros mil, ilustración de Peter Reynolds

sábado, 20 de abril de 2013

POEMAS DE LEMINSKI



Poetas Velhos [Paulo Leminski]



Bom dia, poetas velhos.
Me deixem na boca

o gosto dos versos
mais fortes que não farei.

Dia vai vir que os saiba
tão bem que vos cite
como quem tê-los
um tanto feito também,
acredite.









[É tudo o que sinto] (Paulo Leminski)



Inverno

É tudo o que sinto

Viver

É sucinto







Motivo


Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.

Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Aja como se o que você faz fizesse diferença, porque 

faz." William James




MULHER PERIFÉRICA 




"TE VEJO ASSIM
MULHER
TÃO MARIA
TECENDO SONHOS
NOVELOS DE NUVENS
QUE SE DISSIPAM
NUM BREVE SOPRO
DE REALIDADE
MAS MESMO ASSIM
PERMANECES
NA LUTA
SEM ESPERANÇA
SEM TETO
SEM IGUALDADE."

Poesia Maria Mulher
de
Katia Martins






sexta-feira, 17 de agosto de 2012

GALBA LANÇA SEU MAIS RECENTE CD



Está disponível em nossa loja, o novo trabalho do companheiro Galba, integrante do Grupo Mina das Minas e artista incomparável, vale a pena conferir e adquirir o CD com músicas de altíssima qualidade. 


Brevemente colocaremos aqui uma entrevista e vídeos com algumas músicas deste talentoso artista Mineiro. 
Um competente representante da nossa  Música Popular Brasileira. 

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VISITE A NOSSA LOJA, COM DIVULGAÇÃO DE TRABALHOS DOS NOSSOS ARTISTAS PARCEIROS 


terça-feira, 7 de agosto de 2012

130 ANOS DO DESAPARECIMENTO DE LUÍS GAMA





Luís Gonzaga Pinto da Gama nasceu no dia 21 de junho de 1830, em Salvador, filho de Luiza Mahin e de um pai cujo nome jamais se soube.
A mãe, negra altiva, insofrida, tem uma história riquíssima. Foi uma das principais figuras da Revolta dos Malês e participou da Sabinada, em 1837, quando então foi para o Rio de Janeiro, onde desapareceu.
O pai, de origem portuguesa, herdara uma grande fortuna. Mas, amante da caça, da boa vida e dos jogos de azar, acabou reduzido à pobreza. Nesse momento, vendeu o próprio filho. Tinha então Luís Gama dez anos de idade. Tendo nascido livre, tornara-se escravo e foi embarcado num navio com diversos escravos contrabandeados para o Rio de Janeiro e São Paulo.
Foi comprado pelo alferes Antonio Pereira Cardoso, proprietário de uma fazenda no município paulista de Lorena. Em 1847, o alferes recebeu a visita de um jovem estudante chamado Antonio Rodrigues do Prado Júnior, que, afeiçoando-se a Luís Gama, ensinou-o a ler e a escrever. Em 1848, Luís Gama fugiu do cativeiro. Serviu como soldado durante seis anos. Deu baixa em 1854, após ser preso por causa de um ato que o próprio Gama chama de “suposta insubordinação” já que, ele mesmo diz, apenas se limitara a responder a um oficial que o insultara.
Em 1856, volta à Força Pública, como funcionário da Secretaria da Repartição. Em 1859 surge o livro Primeiras Trovas Burlescas do Getulino. Eram poesias satíricas que ricularizavam a aristocracia e os homens de poder da época. A primeira edição acabou em três anos.
Luís Gama inaugurou a imprensa humorística paulistana ao fundar, em 1864, o jornal Diabo Coxo. Luís não se acomodava. Através da imprensa iniciou sua cruzada contra o escravismo. Mais tarde, como advogado libertou uma imensidão de escravos. Sud Mennucci o considera o precursor do abolicionismo no Brasil.
É de Luís Gama a seguinte frase: “Perante o Direito, é justificável o crime do escravo perpetrado na pessoa do Senhor”. Lembra Malcom X, só que Malcom nasceria muito tempo depois. Autodidata, Luís Gama tornou-se advogado respeitado graças à eloquência sem par e ao raciocínio arguto. Rui Barbosa disse dele o seguinte:”Um coração de anjo, um espírito genial, uma torrente de eloquência, de dialética e de graça”.
Em sua casa dispunha sempre de uma caixa com moedas que dava aos negros em dificuldades que vinham procurá-lo. Era conhecido como o “amigo de todos”. Esse seu lado caridoso, no entanto, fazia par com o ódio que nutria contra qualquer forma de opressão.
Influenciador de Raul Pompéia, Alberto Torres e Américo de Campos, venerável de loja maçônica, Luís Gama morreu sem ver concretizado seu sonho de Abolição. Acometido de diabete, decaiu fisicamente com extrema velocidade. Faleceu em 24 de agosto de 1882 e foi enterrado no dia 25.
O seu enterro foi um fato memorável. O cortejo saiu do Brás às 15h do dia 25 e fez, a pé, o percurso até o Cemitério da Consolação, seguido por uma multidão. Parava-se de vez em quando para que os oradores fizessem discursos. Os aristocratas e burgueses tiravam o chapéu à passagem do cortejo. No fim da tarde, chegaram ao destino. Na hora de baixar o caixão à cova, ocorreu uma cena emocionante. Um homem (talvez Antonio Bento) ergueu a voz. Quem relata é Raul Pompéia: “a voz soluçava-lhe na garganta. Disse duas palavras, sem retórica, a respeito do homem que ali jazia caído… Lembrou aos presentes que aquele fora Luís Gama… A multidão chorou. Então, o orador reforçou a voz, reforçou o gesto, e intimou a multidão a jurar sobre o cadáver, que não deixaria morrer a ideia pela qual combatera aquele gigante. Um brado surdo, imponente, vasto, levantou-se no cemitério. As mãos estenderam-se abertas para o cadáver… A multidão jurou”. Então, os coveiros desceram o esquife para a sepultura.
Ref.: Silva, J Romão. Luiz Gama e saus Poesias Satíricas. Rio de Janeiro: Ed. Casa do Estudante do Brasil.
Consulte também a reedição de Primeiras Trovas Burlescas e Outros Poemas, livro organizado por Lígia Ferreira e editado pela Martins Fontes em 2000.

Fonte: blog quilombhoje