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sexta-feira, 20 de novembro de 2009

DIA 20 É DIA DE MOBILIZAÇÃO


NA SEXTA-FEIRA OCORRE EM SÃO PAULO A VI MARCHA DA CONSCIÊNCIA NEGRA.
É NECESSÁRIO QUE TODOS ESTEJAM LÁ.
CONCENTRAÇÃO NA IGREJA DO ROSÁRIO, NO PAISSANDU.
DEPOIS AINDA ROLA UM SHOW NA PRAÇA DA SÉ.
DIA 20 É DIA DE MOBILIZAÇÃO.


terça-feira, 17 de novembro de 2009

Casa-grande e senzala em concerto






No Rio de Janeiro de 1926, numa noitada de cachaça e violão, o jovem antropólogo Gilberto Freyre, o historiador Sérgio Buarque de Hollanda e o maestro Heitor Villa-Lobos conheceram e se maravilharam com Pixinguinha e Donga tocando seus sambas e choros, revela Hermano Vianna em “O mistério do samba”. Era o encontro da arte popular com a erudita, que se tornaria uma das marcas mais fortes da cultura brasileira moderna. E da música de Villa-Lobos.

Pouco depois, com “Casa-Grande e Senzala” e “Raízes do Brasil”, Gilberto Freyre e Sérgio Buarque davam forma e conteúdo ao Brasil do século 20, e Villa-Lobos conquistava a admiração internacional com a sua linguagem musical moderna e sofisticada – inspirada no choro, no samba e nos nossos ritmos populares.


Assim como Villa trouxe a música popular para a erudita, a sua influência na obra de grandes compositores populares como Tom Jobim, Edu Lobo, Egberto Gismonti, Milton Nascimento e Guinga, levou a música erudita para a MPB. Tom Jobim cultuava Villa-Lobos como mestre e modelo, como seu pai musical, até no amor ao charuto, e dizia que toda a base harmônica da bossa nova já estava em uma peça de Villa Lobos de 1940. Algumas das melhores músicas de Tom Jobim, como as obras primas “Matita Perê” e “Saudades do Brasil”, homenageiam o grande mestre em algum lugar entre o popular e o erudito. Edu Lobo sempre teve em Villa-Lobos e Tom Jobim as suas maiores referências musicais. Em toda a sua obra ressoam os fraseados e as harmonias de Villa-Lobos, via Tom ou em ligação de lobo para lobo.

No centenário de Villa, dois lindos discos celebram a grandeza e vitalidade de sua música em diferentes leituras. Em um, o baixista americano Bruce Henri, com décadas de bons serviços à nossa música e um pequeno time de grandes músicos, apresenta peças de Villa Lobos em ambientação jazzística sofisticada.

Em outro, o fabuloso violonista e compositor Guinga, o mais villa-lobiano dos pós-jobinianos, une as suas origens suburbanas às inspirações do mestre em um disco de belíssimas canções originais, tão villa-lobianas, que se chama “Casa de Villa”.

Nelson Mota

fonte: Sintonia Fina

domingo, 15 de novembro de 2009

MARATONA PABLO NERUDA



Vale a pena, pela beleza do poema de Neruda, aliado às telas de Van Gogh



Neruda, nos dá um espetáculo em seus poemas com tantas e belíssimas imagens poeticas

POEMA DE PABLO NERUDA


Aqui eu te amo.

Nos escuros pinheiros se desenlaça o vento.

Fosforece a lua sobre as águas errantes.

Andam dias iguais a perseguir-se.

Descinge-se a névoa em dançantes figuras.

Uma gaivota de prata se desprende do ocaso.

As vezes uma vela. Altas, altas, estrelas.

Ou a cruz negra de um barco.

Só.As vezes amanheço, e minha alma está úmida.

Soa, ressoa o mar distante.Isto é um porto.

Aqui eu te amo.

Aqui eu te amo e em vão te oculta o horizonte.

Estou a amar-te ainda entre estas frias coisas.

As vezes vão meus beijos nesses barcos solenes,

que correm pelo mar rumo a onde não chegam.

Já me creio esquecido como estas velha âncoras.

São mais tristes os portos ao atracar da tarde.

Cansa-se minha vida inutilmente faminta..

Eu amo o que não tenho. E tu estás tão distante.

Meu tédio mede forças com os lentos crepúsculos.

Mas a noite enche e começa a cantar-me.

A lua faz girar sua arruela de sonho.

Olham-me com teus olhos as estrelas maiores.

E como eu te amo,

os pinheiros no vento,querem cantar o teu nome,

com suas folhas de cobre.



PABLO NERUDA

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

TUDO SOBRE O APAGÃO

Veja o momento exato do apagão em SP





Vendaval causou apagão, diz Itaipu





Muita gente dormiu no Metrô em SP





Familiares e amigos tentam ajudar pessoas sem transporte em São Paulo. Mesmo assim, muita gente dormiu nas estações do Metrô.

FONTE: TV ig a pagina de vídeos da internet

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Para que servem folhas secas



República Centro-Africana, década de 60.


Um jovem casal suiço é enviado como missionário em um país tenso e recém independente.Um país sem litoral, rodeado de conflitos, exageradamente quente e apinhado de inúmeras aldeias com costumes primitivos e falta de qualquer modernidade.
Eles se instalam em uma casa que pertencera a outra familia, agora em viagem pelo mundo. As casas de aldeia são sempre simples e rústicas, paredes claras e sem acabamento. O chão eventualmente é de terra batida feito com argila especial, e alguns cômodos pode ter um pouco mais de refinamento, com o chão de cimento alisado.
Mas o casal descobriu, em meio a tanta simplicidade, que existia um capricho deixado pelo morador anterior. Encantados, notaram que o chão da sala e o quarto tinham um desenho todo especial, que tentaram reproduzir na construção de um próximo cômodo.A cobertura de cimento, após ser alisada sobre a terra, corria o risco de rachar devido ao forte calor da casa.
Os nativos ensinavam um recurso criativo para atrasar a secagem e impedir fissuras no piso: cobriam tudo com centenas de folhas secas que se acumulavam lá fora, caídas das mangueiras da região, capazes de reter parcialmente a umidade e permitir uma secagem gradual.
A surpresa é que, ao retirarem as folhas após os dias da secagem, o cimento ficava impregnado com os contornos gerados pelo pigmento, tatuado involuntariamente. Eram centenas delas, feito um tapete amarelo esverdeado, cobrindo o piso com incomparável e surpreendente beleza.
Ouvi esse relato há anos de Pierre e Lily Waridel, amigos de longa data. Se não me engano, ele chegava a suspirar quando dizia que aquele “piso de folhas” era um dos mais bonitos que tivera em todas as casas e países nos quais morou ao longo da vida. Era a beleza que surgia do inesperado. A marca deixada por algo que aparentemente não tem mais valor, utilidade ou sinal de vida: folhas caídas das árvores.

Não é preciso ir longe na analogia para entender que nem sempre aquilo que se resolve com extrema rapidez seja o melhor caminho.

Por vezes, é necessário um certo tardar, um certo esperar, um certo aquietar, uma porção de folhas secas sem utilidade. Sem desvarios, sem afobação.

Às vezes a ansiedade e a pressa racham aos poucos a nossa alma, que precisa ser cicatrizada com delicadeza e amor.

Mais horas de sono, de ócio, de abraços sem utilidade, de risadas, de sonhos.

Mais banhos demorados, caminhadas inventadas, menos vidros fechados às pressas nos sinais, menos olhares perdidos, menos empáfia, menos etiqueta nas roupas, menos grife.

Quem sonha não pode ter pressa, porque, para ‘acordar-se pra dentro’, como dizia Quintana, é preciso usar as muitas folhas secas que esse dia nos deixou.




Helena Beatriz Pacitti, do Timilique! – 04/11/2009

quarta-feira, 4 de novembro de 2009




“O governo tenta fazer o simples, porque o difícil é difícil.”

“O salário mínimo nunca será ideal porque ele é mínimo.”

“O Brasil é um país jovem com uma juventude muito jovem.”

Quem disse isso? Um comediante? Um piadista? Não, o responsável por essas obras de arte da síntese foi o presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva.

Reunindo as “frases mais engraçadas e polêmicas” de Lula, o jornalista, apresentador de TV e amigo de O Livreiro Marcelo Tas lança, nesta quarta-feira (4), em São Paulo, Nunca antes na história deste país, sua estreia em livros.


Tas acrescentou comentários às pérolas presidenciais, dividiu as sentenças em categorias emblemáticas, e transformou o presidente sem diploma em filósofo, marqueteiro, economista, comediante stand-up, entre outras “profissões” involuntárias.

Para dar o gostinho do livro, conversamos com Tas, que também falou também sobre coincidências entre Lula e Raul Seixas; deu dicas de livros e fez uma sugestão a quem quer se aventurar na internet: “leia um bom livro”.


Confira o vídeo no blog do Tass !

Escrito por Marcelo Tas às 14h07