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domingo, 4 de janeiro de 2009

MINHA LÍNGUA, NOSSA LÍNGUA


Começamos o ano com nova língua. Tenho lido muitas críticas sobre o acordo ortográfico da língua portuguesa. Acho que são exageradas. Quantos planos econômicos e moedas já tivemos? O euro começou a circular há dez anos e pouca gente se lembra do marco alemão e do franco francês. A Europa continua lá.
Os portugueses reclamaram, fizeram actos de protesto. Ganhamos de volta o W, o K e o Y que nunca saíram para ser exacto.
Enterraram o trema. Meu computador não gostava dele há algum tempo, recusava-se a aceitar a tecla acima do número 6. Gênio complicado tem meu Mac! Brigamos todos os dias. O que ele não sabe é que as palavras estrangeiras não perderão o trema. Ela vai ter que aguentar. Nenhum delinquente com mais de cinquenta anos pode impedir o sequestro de um sinal. Fique tranquilo! Nem um debiloide estoico da Coreia teria uma ideia de que as mudanças provocariam essa geleia geral.
Imagine uma jiboia paranoica cercada por imensa plateia. Ela faria uma tramoia dessas? Que feiura! Só no Piauí.
Meu avô diria – eu te abençoo, minha filha. Os que não creem no voo do progresso, eu não perdoo. Não se pode mais comer pera nem sentir enjoo. Eles não veem mais as palavras que leem nos livros. Não são do tempo em que se escrevia pharmacia...
Como vamos entender se alguém falar – o metrô para a cidade. Ele é para a cidade ou ele vai parar a cidade?
Apesar de tudo, podemos escolher uma forma de bolo ou uma fôrma de bolo. A receita não muda, contudo.
Não entendi algumas mudanças. Será que vou poder enxaguar as roupas no presente do indicativo? Eu enxaguo. Eles enxaguam. Talvez seja mais fácil “passar uma aguinha”. Parece que nem o super-homem, nem qualquer subumano poderá ser co-herdeiro desse projeto antieducativo. Pense na autoaprendizagem (o que faço consultando a internet para escrever o texto), na autoinstrução. Toda atividade extraescolar plurianual fará parte da infraestrutura da educação. Um anteprojeto antipedagógico será recusado. Qualquer semianalfabeto, semiopaco, semiaberto ou semiesférico poderá faze-lo. É tudo o que um pseudoprofessor de geopolítica, sem a menor autoproteção pensará depois disso.
Continuarei a usar creme antirrugas, mas não mais minissaias. Graças a Deus não preciso pensar em cossenos e semirretas. Não poderei fugir de multissecular ou de neorrealismo até mesmo de ultrassom. Sei que é um contrassenso. É até meio antissocial, mas não quero me tornar uma pessoa ultrarresistente que vive num microssistema. Nada anti-ibérico, amigos lusos! Meu superotimismo não é superexigente.
Ultramoderno, uma coprodução de Bill Gates para vender programas para pessoas que precisam usar o word!!! Supereconômicos.

Neta Mello

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

VÍDEO PEGASO



MUSICA PEGASO: Poesia de Katia Martins e Melodia de Wellington de Faria



Poesia : PEGASO




PENSAMENTO


COISA SEM FIM


QUE EXALA DE MIM


NUM RELANCE


NUM LANCE


MEIO ESQUISITO


E VAI


ASSIM COMO PEGASO


A GALOPAR


SEM NENHUMA AUTORIDADE


CONSEGUIR SEGURAR


E GALOPA


NUM VOO CERTEIRO


BUSCANDO CAMINHOS


TROTANDO


LIGEIRO




Katia Martins


in Fazendo Luz







A Elegância




Existe uma coisa difícil de ser ensinada e, talvez por isso, esteja cada vez mais rara entre as pessoas:


a Elegância do Comportamento.



É algo que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza.



É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã, até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto.



É uma elegância desobrigada.


É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.


Nas pessoas que escutam mais do que falam.


Antes de criticar uma tarefa de alguém, você tem a certeza de que a faria melhor?



É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas ou empregados.


Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.



É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.


É elegante ser carinhoso e solidario.


É elegante o silêncio diante de uma rejeição.


Sobrenome, jóias, cargos de liderança e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.


É elegante a gentileza.


Atitudes gentis falam mais que mil imagens.



Abrir a porta para alguém é muito elegante.


Dar o lugar para alguém sentar… É muito elegante.


Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma…


Oferecer ajuda.. É muito elegante.


Olhar nos olhos, ao conversar é essencialmente elegante.


Oferecer flores é sempre elegante.



Educação enferruja por falta de uso!


E detalhe: não é frescura.”



Abraço
Adaptado de Toulouse-Lautrec (1864-1901)